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Há 55 anos, uma taubateana foi eleita “Mãe do Ano” nos Estados Unidos
Por Almanaque Urupês
A American Mothers, Inc é uma organização não-governamental que declara ter como objetivo “fortalecer os fundamentos morais e espirituais da família e do lar”. Desde 1935, a organização realiza o concurso de Mãe Americana do Ano, uma tradição tipicamente americana. O evento nacional é precedido pelas etapas regionais. Cada estado elege suas respectivas Mães do Ano para representá-los no concurso nacional.
Em 1959, Eula Lee Kennedy Long, uma moradora da cidade de Roanoke, foi escolhida como a Mãe do Ano do estado da Virgínia. O fato curioso é que ela não era da Virgínia e nem ao menos nasceu americana. Eula Kennedy era uma brasileira de Taubaté. O pai dela, o pastor americano James Kennedy, viveu por muitos anos no Brasil implantando igrejas evangélicas. Em 1891, fundou a Igreja Metodista de Taubaté e abriu uma escola na cidade, o Colégio Americano. Monteiro Lobato foi um dos alunos. Durante a estada em Taubaté, Eula nasceu.
Já crescida, seguiu os passos do pai como missionária, casou com um pastor americano, introduziu o Dia das Mães no Brasil, tornou-se uma prestigiada pesquisadora e escritora, mudou-se para os EUA e seguiu carreira. Seus livros devocionais e estudos sobre o Brasil conquistaram leitores entre os americanos.
Cerimônia em Nova York
Em maio de 1959, mães do ano representantes de todos os estados americanos se reuniram no hotel Waldorf-Astoria, em Nova York para a cerimônia de escolha da Mãe Americana do Ano. Quem levou o premio daquele ano foi Jannie Loitman Barron, a primeira mulher nomeada para o Tribunal Superior de Massachussetts.
Filme mudo
A Universidade da Virgínia disponibilizou um catálogo de filmes produzidos pela WSTS TV, emissora de Roanoke. Essa iniciativa foi festejada pela redação do Almanaque Urupês. Um filme mudo de 1959, com duração de 43 segundos, registrado em 18 de abril, aniversário de Monteiro Lobato, nos apresentou a simpática figura de Eula Kennedy,
Segundo o roteiro do filme, também publicado no site, Eula, a Mãe do Ano da Virgínia, declarou que sua única tristeza em receber o título era que seu falecido marido não estaria com ela para compartilhar a homenagem. Em 1951, o marido foi escolhido como “Pai do Ano”.
“Amá-los, ser paciente, discipliná-los e corrigi-los quando for necessário”, essa era a teoria da Eula Keneddy para educar crianças.
Veja também:
– A taubateana que trouxe o dia das mães
[colored_box color=”yellow”]Bibliografia
Livro Contribuição à história de Taubaté, Umberto Passarelli
Site Almanaque Urupês
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